sexta-feira, 6 de maio de 2016

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Vamos evitar entrar em florestas desconhecidas, amiguinhos!


Olá, críticos e críticas!

Assisti nesse final de semana o tão falado “A Bruxa”, escrito e dirigido por Richard Eggers, e, carambolinha... Adorei! Não sabia inicialmente o que esperar, as críticas estavam muito no sentido “ou você ama ou você odeia”, mas amo um bom filme de terror e minha expectativa era bem alta.


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O filme vai mostrar a trajetória de uma família de ingleses recém-chegados aos Estados Unidos, que se dissocia da Congregação religiosa na colônia em que vivia, por divergências entre os dogmas pregados pela congregação e os cultuados pela família, e partem em busca de um lugar para morar. A família é formada pelo pai, mãe, três filhos e duas filhas, que recolhem todos os seus pertences e animais e montam uma pequena fazenda nos limites de uma floresta.


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Logo no início do filme, o bebê de poucos meses desaparece inexplicavelmente na frente da irmã mais velha, Thomasin, e a partir desse evento é que se desenrola a trama do filme. A mãe entra em depressão pela perda do bebê não batizado, portanto destinado ao inferno, o pai tenta inutilmente cultivar a terra e fazer com que todos sobrevivam ao inverno, Thomasin se martiriza pelo desaparecimento do irmãozinho e sofre com a culpa que a mãe deposita nela, Caleb (o irmão do meio) duvida da fé e dos ensinamentos cristãos pregados pelo pai e os irmãos mais novos perturbam o juízo de qualquer um que tenha ouvidos em pleno funcionamento, cantando umas músicas bizarras e irritantes para o bode da família o tempo inteiro...

Acredito que muita gente não gostou do filme porque não entendeu a proposta dos idealizadores. A partir do subtítulo que vamos nos guiar sobre o que é a história: “The Witch – A New-England Folktale” (A Bruxa, uma Lenda Folclórica da Nova Inglaterra – tradução livre). Ou seja, tudo ali não passa de um conto do imaginário dos colonizadores ingleses por volta de 1630. A religiosidade extrema em cada ato do dia a dia, penitências pelos pecados, medo do diabo e, obviamente, a crença em bruxas como servas do tinhoso.

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O clima do filme é tenso do início ao fim, em grande parte por conta da trilha sonora, que é de arrepiar os cabelos e te mantém na ponta do sofá o tempo inteiro, esperando alguma desgraça acontecer, mesmo em cenas banais. Durante todo o filme são recitados textos da Bíblia – o que irritava às vezes, mas não chegou a estragar a dinâmica da história –, incutindo o medo do desconhecido e do diabo, nos fazendo sentir que cada respiração fora de hora merecia alguma penitência. É bem angustiante.

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A atuação é espetacular! Nenhum dos atores faz parte do círculo hollywoodiano de fama e sucesso, o que não prejudica a película, até ajuda, já que eles garantem veracidade a cada momento do filme, mesmo as crianças. Destaco aqui as atuações da atriz que interpreta Thomasin, Anya Taylor-Joy, e do ator que interpreta Caleb, Harvey Scrimshaw. Ambos são brilhantes e convencem o espectador de que são mesmo do século XVII, com os textos em inglês arcaico, cheios de litanias cristãs dificílimas de memorizar e vários arroubos de emoção que fazem inveja a muito ator profissional por aí. Acho, sinceramente, que Scrimshaw deveria levar um Oscar pela sua última cena no filme! Eu quis levantar e bater palmas, de tão impressionante que foi, principalmente para um menino de não mais de 12 anos!

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O filme vale MUITO à pena para os amantes de terror psicológico. Dou nota 8,5 para ele, sem muitos critérios além do meu gosto pessoal. Não esperem monstros, criaturas místicas ou bruxas narigudas com chapéus pontudos e varinhas mágicas. O que você vai encontrar é uma família desesperada para sobreviver e sem saber de onde vem a ameaça a esta sobrevivência, uma floresta que deveria ser evitada a qualquer custo e muita, muita, inquietação e nervosismo.

Para finalizar, queria fazer um comentário COM SPOILERS!!!

Que belo plot twist nas últimas cenas!!! Eu pirei com os minutos finais! Na hora em que Thomasin fala com Black Phillip (o bode da família) e pede para ele falar com ela como fala com os gêmeos e ele responde!!! Noooossa, eu virei uma bolinha quicante de ansiedade! Hehehe Depois quando aparecem as botas, a mão, o chapéu e a sombra do rosto eu vibrei!!! Isso sem falar no desfecho do filme, com Thomasin entrando na floresta. Não esperava em absoluto essas cenas! Até ali o filme poderia ser só sobre uma velha maluca que gosta de andar pelada pela floresta, mas a partir daí confirma-se a lenda: a crença nas bruxas e no diabo é real e eles tem o poder de seduzir até o mais cristão dos cristãos para o lado negro da Força.

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Bem, até a próxima, pessoal, e quem quiser falar sobre o filme é só comentar aí embaixo, que eu vou adorar debater sobre ele! E não deixem de nos acompanhar nas nossas redes sociais e compartilhar com os amigos. Um abração!

- Amanda Indio.

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