Vamos evitar entrar em florestas desconhecidas, amiguinhos!
Olá, críticos e críticas!
Assisti nesse final de semana o tão falado “A Bruxa”, escrito e dirigido por Richard Eggers, e, carambolinha... Adorei! Não sabia inicialmente o que esperar, as críticas estavam muito no sentido “ou você ama ou você odeia”, mas amo um bom filme de terror e minha expectativa era bem alta.
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O filme vai mostrar a trajetória de uma família de ingleses recém-chegados aos Estados Unidos, que se dissocia da Congregação religiosa na colônia em que vivia, por divergências entre os dogmas pregados pela congregação e os cultuados pela família, e partem em busca de um lugar para morar. A família é formada pelo pai, mãe, três filhos e duas filhas, que recolhem todos os seus pertences e animais e montam uma pequena fazenda nos limites de uma floresta.
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Logo
no início do filme, o bebê de poucos meses desaparece inexplicavelmente na
frente da irmã mais velha, Thomasin, e a partir desse evento é que se desenrola
a trama do filme. A mãe entra em depressão pela perda do bebê não batizado,
portanto destinado ao inferno, o pai tenta inutilmente cultivar a terra e fazer
com que todos sobrevivam ao inverno, Thomasin se martiriza pelo desaparecimento
do irmãozinho e sofre com a culpa que a mãe deposita nela, Caleb (o irmão do
meio) duvida da fé e dos ensinamentos cristãos pregados pelo pai e os irmãos
mais novos perturbam o juízo de qualquer um que tenha ouvidos em pleno
funcionamento, cantando umas músicas bizarras e irritantes para o bode da
família o tempo inteiro...
Acredito que muita gente não gostou do filme
porque não entendeu a proposta dos idealizadores. A partir do subtítulo que
vamos nos guiar sobre o que é a história: “The
Witch – A New-England Folktale” (A Bruxa, uma Lenda Folclórica da Nova
Inglaterra – tradução livre). Ou seja, tudo ali não passa de um conto do
imaginário dos colonizadores ingleses por volta de 1630. A religiosidade
extrema em cada ato do dia a dia, penitências pelos pecados, medo do diabo e,
obviamente, a crença em bruxas como servas do tinhoso.
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O
clima do filme é tenso do início ao fim, em grande parte por conta da trilha
sonora, que é de arrepiar os cabelos e te mantém na ponta do sofá o tempo
inteiro, esperando alguma desgraça acontecer, mesmo em cenas banais. Durante
todo o filme são recitados textos da Bíblia – o que irritava às vezes, mas não
chegou a estragar a dinâmica da história –, incutindo o medo do desconhecido e
do diabo, nos fazendo sentir que cada respiração fora de hora merecia alguma
penitência. É bem angustiante.
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A atuação é espetacular! Nenhum dos atores faz
parte do círculo hollywoodiano de fama e sucesso, o que não prejudica a película,
até ajuda, já que eles garantem veracidade a cada momento do filme, mesmo as
crianças. Destaco aqui as atuações da atriz que interpreta Thomasin, Anya
Taylor-Joy, e do ator que interpreta Caleb, Harvey Scrimshaw. Ambos são
brilhantes e convencem o espectador de que são mesmo do século XVII, com os
textos em inglês arcaico, cheios de litanias cristãs dificílimas de memorizar e vários arroubos de emoção que fazem inveja a muito ator profissional por aí. Acho, sinceramente, que Scrimshaw deveria levar um Oscar pela sua última cena no
filme! Eu quis levantar e bater palmas, de tão impressionante que foi,
principalmente para um menino de não mais de 12 anos!
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O
filme vale MUITO à pena para os amantes de terror psicológico. Dou nota 8,5 para ele, sem muitos critérios além do meu gosto pessoal. Não
esperem monstros, criaturas místicas ou bruxas narigudas com chapéus pontudos e
varinhas mágicas. O que você vai encontrar é uma família desesperada para
sobreviver e sem saber de onde vem a ameaça a esta sobrevivência, uma floresta
que deveria ser evitada a qualquer custo e muita, muita, inquietação e
nervosismo.
Para finalizar, queria fazer um comentário COM SPOILERS!!!
Que belo plot twist
nas últimas cenas!!! Eu pirei com os minutos finais! Na hora em que Thomasin fala
com Black Phillip (o bode da família) e pede para ele falar com ela como fala com os gêmeos e ele responde!!! Noooossa, eu virei uma bolinha quicante de
ansiedade! Hehehe Depois quando aparecem as botas, a mão, o chapéu e a sombra
do rosto eu vibrei!!! Isso sem falar no desfecho do filme, com Thomasin entrando na floresta. Não esperava em absoluto essas cenas! Até ali o filme
poderia ser só sobre uma velha maluca que gosta de andar pelada pela floresta,
mas a partir daí confirma-se a lenda: a crença nas bruxas e no diabo é real e
eles tem o poder de seduzir até o mais cristão dos cristãos para o lado negro da Força.
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Bem, até a próxima, pessoal, e quem quiser falar sobre o filme é só comentar aí embaixo, que eu vou adorar debater sobre ele! E não deixem de nos acompanhar nas nossas redes sociais e compartilhar com os amigos. Um abração!
- Amanda Indio.
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