quinta-feira, 9 de junho de 2016

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Olá Críticos e Críticas!

Fim de semana passado estivemos em São Paulo para assistir Wicked - A História Não Contada das Bruxas de Oz.

Banner da peça, com duas bruxas, uma de pele verde, lábios vermelhos e roupa preta e outra toda de branco, com as mãos em gesto de segredo. Fonte: Site oficial.

Eu estava esperando por essa peça com muita ansiedade e, depois de muito insistir, consegui convencer meus pais a me dar o ingresso de presente de aniversário (só em julho, mas tudo bem).

Eu sou louca por musicais. Todavia, no Rio de Janeiro nem sempre temos muitas opções. Então, quando dá pra ir a São Paulo assistir, pra mim é uma alegria.

Capa do livro Wicked. Fonte: Paixonites Literárias.

A peça é baseada no livro homônimo de Gregory Maguire, relançado no Brasil há pouco tempo pela editora Leya. Nele vemos a história mundialmente conhecida de Dorothy por outra perspectiva, obedecendo ao ditado de que há sempre dois lados numa mesma história. Então, pessoal, nunca subestimem as fanfics. Em última análise, Wicked nada mais é do que uma fanfic do livro de  L. Frank Baum, The Wonderful Wizard of Oz.

A sinopse, segundo o site oficial, é a seguinte:
"Muito antes de Dorothy chegar, duas outras garotas se conheceram na Terra de Oz. Elphaba, nascida com a pele cor verde-esmeralda, é esperta, ardente e incompreendida. Glinda é belíssima, ambiciosa e muito popular. Essa megaprodução, que faz rir e chorar, traz à tona os segredos que levam Elphaba a se tornar uma bruxa “má” e Glinda a ganhar a simpatia dos habitantes da Cidade das Esmeraldas. WICKED, por meio de números e performances surpreendentes, mostra que toda história tem diversos pontos de vista e que ser diferente faz de você alguém único e extraordinário."
Como vocês podem perceber, não se trata de uma história com uma única linha temporal. Contamos com cenas de antes, durante e depois da chegada de Dorothy à Oz.

Wicked é um dos grandes sucessos da Broadway, segundo a Wikipedia:
"O sucesso da produção da Broadway tem gerado várias outras produções no mundo; desde a sua estreia em 2003, Wicked quebrou recordes de bilheteria em todo o mundo, liderando a venda de ingressos em Los Angeles, Chicago, St. Louis, e Londres. Na semana do fim de 2 de janeiro de 2011, as turnês em Londres, Broadway, e em outras cidades quebraram seus respectivos recordes de bilheteria."

Idina Menzel (eu sei, ninguém aguenta mais "Let It Go") fez o papel de Elphaba, que depois se torna a Bruxa Má do Oeste. O papel de Galinda, que depois virou Glinda, ou a Bruxa Boa, ficou nas mãos de Kristin Chenoweth. Se  não quiser spoiler, não clica no play. Mas, se clicar, se prepare para os calafrios com as duas cantando "Defying Gravity", o ponto alto do espetáculo (pelo menos pra mim), em uma apresentação no Tony Awards (o "Oscar" do Teatro):


Aqui no Brasil, temos um elenco talentosíssimo que você pode conferir aqui. Destaque para as principais, Myra Ruiz como Elphaba e Fabi Bang como Glinda. Elas deram um show à parte e se complementavam, justamente como suas personagens.

Fabi Bang, por diversas vezes, arrancou risos da platéia, com sua interpretação enérgica e animada e sua voz potente (se eu tivesse uma taça de cristal, tenho certeza que ela tinha quebrado). Palmas pros pequenos toques de brasilidade que foram incluídos aqui e acolá. Myra Ruiz deixou todos apaixonados por Effie e impressionados com seu canto. Dá pra sentir a ansiedade e os medos da personagem saltando do palco.

Fabi Bang como Glinda e Myra Ruiz como Elphaba. Fonte: http://wickedomusical.com.br/


A seguir tem um gostinho pra vocês da música Ódio (pelo Cena Musical). Eu achei que a adaptação brasileira não ficou nada atrás na versão original (eu nunca havia visto a peça antes, mas eu tenho as músicas em inglês).




Se você foi no 04 de Junho na sessão das 16:00h e viu uma moça chorando copiosamente a peça inteira na segunda fila, pode apostar que era eu. Peço desculpas, mas não consegui me conter, foi uma emoção muito grande, a realização de um sonho. Agradeço meus pais que me proporcionaram essa experiência maravilhosa. E à todos os que contribuíram para que esse espetáculo tomasse vida de maneira tão majestosa.

Quem fez Fiyero na sessão que assistimos foi André Loddi e ele me surpreendeu positivamente. Eu nunca o tinha ouvido cantar, e gostei muito de sua atuação (e feio ele num é, né nom?).

André Loddi como Fiyero.  Fonte: Fonte: http://wickedomusical.com.br/

A Revista Batuta fez um vídeo muito legal dos bastidores da orquestra. Quem não está acostumado com musicais, não sabe a estrutura que é necessária, o quanto é preciso ensaio, afinação (tanto de cantores quanto de músicos) e quanta gente tem lá atrás. Vale a pena conferir:



E sabe o mais legal? Quem regeu a orquestra foi a maestrina Vânia Pajares. Sério, eu quero ser hard core que nem ela quando eu crescer! Mulheres desafiando estereótipos profissionais são o fraco do meu coração!

Maestrina Vânia Pajares faz o sinal de Rock'n'Roll. Fonte: Facebook.

Eu não poderia ter gostado mais. O cenário, a coreografia, as músicas, o figurino, tudo estava impecável. Pensei em fazer a resenha do jeito tradicional que fazemos aqui no site, separando por tópicos e dando notas aos mesmo mas eu não tenho absolutamente NADA pra criticar, então minha nota é 10 mesmo!

Fiquem agora com algumas fotos que tiramos por lá. Obrigada pela leitura. Se você já viu o musical, no Brasil, ou não, nos diga o que você achou!










- Ana Carol

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