Bom dia Críticos e Críticas!
Estamos de volta com mais uma Resenha Crítica e desta vez o assunto é bem pecaminoso, violento, profano, sarcástico e sensual (porque não?) Vamos falar de Preacher!
Preacher foi uma série de quadrinhos de sucesso mundial lançada pelo selo Vertigo da DC Comics entre 1995 e 2000. A série consiste de 75 edições, sendo 66 mensais, 5 edições especiais e uma série limitada em quatro edições. Toda a série posteriormente foi compilada em 9 encadernados de capa dura que estão quase esgotados aqui no Brasil.
Descrição: igreja de cabeça para baixo. Fonte: youtube.com
Antes de mais nada, peço que se você tem algum gatilho emocional com violência contra mulher, violência contra animais, blasfêmia e violência excessiva, por favor, NÃO CONTINUE ESTA RESENHA! Você pode acessar outras resenhas do nosso blog clicando AQUI.
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Se você nunca leu nada do roteirista Garth Ennis com desenhos do Steve Dillon (Preacher, Hellblazer, etc) suponho que você vai ficar bem assustado com a quantidade de bizarrice que vai aparecer durante toda a trama. Talvez seja isso um dos pontos mais positivos da obra, diga-se de passagem.
A trama se passa na minúscula cidade de Annville e conta a história do pastor Jesse Custer (Dominic Cooper) em busca de recuperar a sua fé até que uma entidade (chamada Gênesis) fugitiva do Paraíso se apossa de seu corpo e lhe dá o poder de fazer as pessoas lhe obedecerem apenas usando algum comando de voz.
Descrição: Tulip (Ruth Negga), Jesse (Dominic Cooper) e Cassidy (Joe Gilgun)
Neste meio do caminho, Jesse reencontra Tulipa (Ruth Negga), sua ex-namorada e o vampiro irlândes Cassidy (Joe Gilgun), talvez o melhor personagem do seriado. Juntos vão causar muitos problemas por Annville e mudar de vez o destino da pacata cidade.
A série foi desenvolvida por Evan Goldberg, Seth rogen e Sam Catlin. Rogen, fá assumido de quadrinhos e principalmente de Preacher, foi peça fundamental para o controle de qualidade da série. O roteiro narra o começo de tudo, como se fosse um prelúdio do primeiro arco "A Caminho do Texas" e particularmente gostei bastante da edição da série. Os cortes foram coerentes e não deixam muitas pontas soltas (apenas o suficiente para começar a segunda temporada) e termina a temporada com um ótimo cliff hanger. No entanto, na minha opinião tanto edição quanto direção pecam por enrolar muito em algumas situações e em outras, ir direto ao ponto rápido demais.
A atuação convincente de Ruth Negga e a belíssima atuação de Joe Gilgun passam credibilidade à uma obra que estava carregada de desconfiança e haters por todos os lados. Vale citar que os próprios Ennis e Dillon a assistiram antes da premiere e a cobriram de elogios. Quem parece também que gostou mto foi o Rotten Tomatoes que deu a série um índice de aprovação de 89%, com base em 53 avaliações, com uma classificação média de 7.6/10.
A fotografia da adaptação puxada mais para o alaranjado e dando aquela aparência de envelhecido retrata bem o que é a região árida dos Estados Unidos. As cenas de ação me cativaram tanto pela coreografia das lutas, passando pelos efeitos visuais até chegar na atuação dos envolvidos.
Descrição: Eugene Root. Fonte:preacher.wikia.com
Menção honrosa tanto para a atuação de Ian Coletti como Eugene "Arseface" Root quanto para a maquiagem da personagem. Ian consegue passar com clareza a dicotomia de Eugene entre ser uma pessoa dócil e gentil, enquanto, ao mesmo tempo, também é uma figura possessiva e doentia.
Descrição: Odin Quicannon segurando dois intestinos em suas mãos.
E o que dizer de Odin Quincannon? Um homem descrente da existência de um Deus e que tem uma das particularidades mais estranhas que eu já vi que é gostar de ouvir som de vacas sendo abatidas (!?). Personagem maravilhoso que explora um lado bem vilanesco, além de toda a sua paixão pela carne e seus abatedouros. Louco de pedra rs.
Se você nunca leu os quadrinhos e está receoso de levar spoiler: ASSISTA!
Se você já leu os quadrinhos e está receoso de odiar a série: ASSISTA!
Temos que levar em consideração que se trata de uma adaptação e não uma cópia fiel dos quadrinhos. Até por serem mídias diferentes é totalmente distinta a forma de abordar certas cenas e situações. Uma série que vale a pena investir o seu tempo, pois quem gosta do gênero vai curtir muito. A dica é assistir de mente aberta.
Então é isso, pessoal. Espero que tenham gostado desta resenha e não deixem de nos seguir nas nossas redes sociais!
Ah, pera! Você já viu? Então não esquece de deixar um comentário sobre o que achou ;)
Até mais!
- Luiz.
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