sábado, 16 de abril de 2016

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Bom dia, críticos e críticas! 

Como bem descrevemos no post inicial, o blog tem uma gama de tópicos. E assim, vamos nos esforçar pra trazer pra vocês coisas diferentes. Acontece que eu, Ana Carol, e o Luiz, somos grandes entusiastas de comida (gourmet, tradicional, da vovó, food trucks, café, cerveja, doces, receitas de youtube, enfim, a gente gosta é de comer mesmo), e, apesar de não sermos experts, acreditamos que uma refeição pode ser muito mais que algo para simplesmente satisfazer uma necessidade básica. Então juntamos essa paixão com nosso blog.

Quando falarmos de crítica gastronômica, vamos analisar 05 tópicos, cada um valendo 2,0 pontos. A soma de todos os pontos equivale ao 10, que é a pontuação máxima que usamos no blog:
  1.  Ambiente (2,0);
  2. Comida (2,0);
  3. Atendimento (2,0);
  4. Preço (2,0);
  5. Originalidade (2,0).

Procuraremos ser justos, elogiando e criticando de acordo com a realidade e com a experiência vivida, pois sabemos que manter um negócio não é fácil. Criticar não é falar mal; é, a grosso modo, um balanço do feedback positivo e do negativo. Dito isto, vamos ao primeiro post gastronômico do Crítica Tripla!


COFFEETOWN
THE AMERICAN COFFE AND CAKE, CO.

Unidade visitada: Niterói, Plaza Shopping, RJ.

Descrição: Foto da referida cafeteria com a fachada verde escuro, com letras douradas e cadeiras amarelas.


1. Ambiente (2,0/2,0):

Sobre como se originou a cafeteria com essa temática super fofa, vintage, meio hipster, você pode se informar aqui: História da Coffeetown. Com uma proposta de trazer para o Brasil um ambiente acolhedor, intimista, com inspiração nos cafés norte-americanos, o local exala um ar internacional. Ouvi de uma cliente que estava em uma mesa próxima: "nem parece que a gente está no Brasil". Realmente, o tema cumpre sua função. Com a inflação e a alta do dólar, é uma medida paliativa interessante pra quem está com sede de viagem. 
Luiz Carlos Santi, fundador, coloca assim na página oficial: "Cafeterias devem ser lugares acolhedores, um estilo de vida". Não poderíamos ter dito melhor.
Tudo foi bem pensado na decoração: dos espelhos meio inclinados, passando pelos produtos expostos até a iluminação e a fachada. Esteticamente agradável sem ser exagerado e bem fiel ao tema. Destaco aqui o conforto das cadeiras (parece besteira, mas se você está num restaurante cuja cadeira lhe machuca, das duas uma: ou você fica pouco tempo, ou você vai pensar várias vezes antes de voltar; ainda mais se você é como eu e, digamos, lhe sobram quilos a mais rsrsrs).

2. Comida (2,0/2,0):

 Descrição: Foto do cardápio (verso).

Descrição: foto do cardápio (frente).


A proposta são materiais 100% naturais, sem conservantes, aditivos, etc. E a proposta acerta, viu? Café fresquinho, feito na hora, bolos macios, super fofinhos e com um sabor delicioso. O café usado é de torra artesanal, da empresa Kento Café, 100% Arábica (pra quem não conhece, Arábica é o "melhor" tipo de café). Provamos os seguintes itens:

Descrição: Na mesa encontram-se uma xícara de café, um café gelado e dois pratos com um pedaço de bolo em cada um.

  • Dripped Coffee (R$8,00): A técnica drip consiste na coagem do café individual com filtro. E não, não é a mesma que nós brasileiros fazemos em casa. Primeiro porque o brasileiro, no geral, gosta de café "forte" (quando eu digo forte, me refiro à linguagem popular, no sentido de que coamos o café com pouca água e não em relação à torra, que é outra história). A preparação correta do café passa pela proporção de água e dos grãos, se moídos mais finos ou mais grossos. Segundo que a porção não é igual ao "café tradicional", ao "cafezinho" tão popular em casa, na escritório, na lanchonete, em que o filtro é feito para uma quantidade grande de água, produzindo várias porções ao mesmo tempo. Com a técnica trip americana, o filtro é colocado em cima da xícara e coado na hora (vide imagem abaixo), em porção individual. Terceiro, que a seleção de grãos de um café gourmet é bem diferente dos grãos industrializados. Cafés considerados premium são bem mais caros, pois os grãos são os melhores, sem imperfeições, sem estarem torrados são bem clarinhos e, se depositados na água, afundam. Cafés industrializados normalmente são um mix de grãos, de alta e média qualidade, que variam desde os bem clarinhos aos mais escuros (sem estarem torrados). Os de pior qualidade normalmente são naturalmente escuros, se colocados na água eles boiam e são usados para fazer doces, como estes grãos de café cobertos com chocolate da Costa Rica (que aliás são muito bons e eu me arrependo de não ter trazido uma mala cheia deles). Enfim, essa volta toda pra falar que eu não tomava um café tão gostoso desde que eu fui na Costa Rica em 2014. Vale cada centavo.
 Descrição: café tipo drip sendo coado na hora.


  • Iced Coffee (R$10,00): Algo tão simples, porém não é qualquer lugar que acerta. A Coffeetown acerta. O café gelado de lá possui um hint de limão siciliano, por isso não é enjoativo e dá um twist em algo tão popular lá fora. Já fiz algumas receitas de internet, porém nenhuma tão gostosa quanto esta. É bom porque não leva leite ou creme, algo que vemos bastante aqui no Brasil, como os frapuccinos ou frappés. Quem é intolerante a lactose ou não consome alimentos de origem animal pode provar sem problemas. Observe o café da esquerda na imagem abaixo:
Descrição: café gelado à esquerda e café dripped à direita.


  • Red Velvet Cake (R$12,00 a fatia) e Bolo de Cenoura com cobertura de Ganache (R$8,00 a fatia): Ah, os doces... Só gosto muito, rs. A proposta do local não é só o café, mas os bolos também são parte do charme. O bolo de cenoura estava com consistência macia, mas não estava molhado demais. A cobertura de ganache estava muito gostosa e quentinha. Excelente. O bolo red velvet com cobertura de cream cheese foi a realização de um sonho meu. Já tentei fazer em casa, (mas só consegui fazer os dejetos humanos do povo aqui de casa ficarem vermelhos com o corante) mas não ficou muito bom. O do starbucks também não estava gostoso (achei muito artificial). Esse estava divino. O bolo é fofinho, doce com um toque azedinho, mas não é enjoativo. Vide as fotos:
 Descrição: bolo red velvet com cobertura de cream cheese.

Descrição: bolo de cenoura com cobertura de ganache.


3. Atendimento (1,5/2,0)

Vamos  lá. Sabemos que o empreendimento é novo, mas temos algumas considerações. O que nos deixou um pouco tristes, logo de cara, foi que, depois de sentarmos e escolhermos os pedidos, fomos informados pela garçonete que os bolos disponíveis variavam conforme o dia e os que havíamos escolhido não tinham. Ou seja, mesmo que esteja no cardápio, nem sempre o que você escolher tem na loja. Isso é algo que deveria estar ou escrito bem visível no cardápio, ou ser informado pela garçonete antes do cliente analisar o cardápio.
Achamos que a garçonete não tinha muito conhecimento do cardápio, mas, como falamos, a loja é nova e pode melhorar com o tempo. Até a pessoa que estava no caixa estava com problemas para identificar os itens.
Por último, tive que elevar a voz para ser ouvida, para que as garçonetes (que não estavam ocupadas) prestassem atenção. Uma cliente que me ouviu e fez sinal para a atendente mais próxima me atender. Não estamos sendo "cricri"; esse tipo de detalhe é importante pra caramba e desestimula o consumidor a voltar ao estabelecimento.
Por outro lado, o staff foi educado, simpático e prestativo. Tem de tudo para ser um local que ofereça um atendimento espetacular.

4. Preço (1,9/2,0):

Não dá pra você chegar nesse tipo de estabelecimento e querer tomar um café por três reais. O preço final de um produto/serviço engloba tudo: serviço, contas, impostos, pagamento dos fornecedores, locação, salários, etc. E um local que oferece produtos 100% naturais, com cafés e chás especiais não vai sair baratinho. Com cinco itens (além dos já mencionados, tomamos uma água sem gás) gastamos um total de R$42,50 (e nem foi cobrado 10% do serviço, que é opcional, mas mesmo assim). Só tiramos um décimo porque achamos que o preço dos bolos especiais e da água estavam um pouco a cima do valor cobrado no mercado.

5. Originalidade (2,0/2,0):

Café intimista norte-americano é um conceito que o mercado brasileiro é bem carente. Temos grandes redes de cafés, como StarbucksCalifornia Coffee. Porém cafés mais íntimos, pequenos, como o saudoso Central Perk (da série F.R.I.E.N.D.S) que habita nossa imaginação quando pensamos em cafeterias, são raros. Portanto, é interessante, novo e uma oxigenação nos formatos das cafeterias brasileiras.

Nota total: 9,4.

Agradecemos a leitura da nossa primeira crítica gastronômica, até a próxima!

- Ana Carol.

OBS: Coffeetown é uma marca registrada da RBF Franchising do Brasil, Ltda., com todos os direitos reservados. Todas as fotos desse post foram tiradas por nós na loja e tem o objetivo cultural e gastronômico. Redirecionamos, sempre que possível, para os links oficiais do estabelecimento. 

Este post tem 7 comentários

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Paula Morgado delete abril 17, 2016 9:22 AM

Até eu que não sou fã de café, me animei a conhecer XD

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Anônimo delete abril 17, 2016 11:02 AM

Crítica muito bem escrita, clara e ponderada. Sérgio Aguiar

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Unknown delete abril 25, 2016 10:28 PM

Vai ser parada obrigatória na minha próxima visita ao Rio!!! XD Adorei a crítica e as fotos deram água na boca! rsrsrs

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Unknown delete maio 01, 2016 8:19 PM

Venha Paula, não irá se decepcionar!

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Marcelo Dias Carvalho delete julho 23, 2016 4:50 PM

Eu também visitei a CoffeTown de Niterói e achei excelentes os produtos e o ambiente. A sensação é de estar fora do país mesmo. Voltarei com certeza!

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