sexta-feira, 22 de abril de 2016

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Bom dia, Críticos e Críticas!!


Descrição: poster do filme Mogli. Fonte: gstatic.com

Hoje iremos falar do mais novo lançamento da Disney, The Jungle Book (Mogli, o Menino Lobo - em português). 

O Livro da Selva é o título do livro publicado em 1894, escrito pelo autor inglês Rudyard Kipling. Ele foi adaptado para um filme animado em 1967 produzido pela Walt Disney Company, um clássico da infância de várias gerações.

Esta resenha NÃO CONTERÁ SPOILERS, logo, pode ler sem medo e depois vá ver o filme para nos dizer o que acharam, combinado?

O critério desta avaliação terá 5 quesitos cada um valendo no máximo dois pontos abaixo descriminados:

1 - Roteiro
2 - Direção
3 - Fotografia
4 - Dublagem
5 - Efeitos Especiais

1 - ROTEIRO (2,0/2,0)

A maioria das pessoas pensa que quando se trata de uma adaptação de um livro basta seguir a publicação à risca que não terá grandes problemas. Essa afirmação é bastante equivocada, porque trata-se de uma outra mídia, logo, os roteiristas devem se preocupar em serem claros, objetivos e entreter o público sem fugir muito do livro. Este filme consegue cumprir essa premissa: têm momentos engraçados, a narrativa flui de maneira agradável e as cenas de ação foram muito bem escritas. 

É impressionante como a Disney sabe contar histórias com maestria. Mais uma obra que passa noções de certo/errado, amizade, valores e principalmente, ser quem você é. O roteiro por algumas vezes sai do original do livro, mas é necessário para manter a história coesa.

2 - DIREÇÃO (2,0/2,0)


Descrição: Diretor Jon Favreau. Fonte: adorocinema.com

A escolha do diretor foi uma feliz aposta da Disney. Jon Favreau é um renomado diretor, tendo como seus trabalhos mais notáveis Zathura, a trilogia Homem de Ferro e Chef, que por sinal este último é um excelente filme.

Favreau torna a experiência cinematográfica extremamente agradável com cortes sutis e sem deixar o expectador confuso. Por se tratar de um filme com o selo de qualidade Disney podia se esperar alguma intimidação por parte da direção, o que não foi o caso. Mais uma vez deve-se frisar as cenas de ação que foram muito bem dirigidas.

3 - FOTOGRAFIA (2,0/2,0)


Descrição: Mogli e Balu. Fonte: tfxbrasil.com

O conjunto visual do filme é totalmente harmônico. A representação da floresta lhe remete à animação da Disney de 1967 (porém mais robusta) e encanta desde os mais jovens até os adultos. Merece uma menção especial as cenas noturnas que são difíceis de recriar sem que fiquem extremamente escuras, assim como a sutileza elegante da flor vermelha.

As cores presentes ao longo do filme poderiam contar a história por si só: do início ao fim elas dialogam com o expectador com maestria. Destacam-se os tons de verde contrastados com outras cores impactantes,  tais como o vermelho da vestimenta de Mogli, a pelagem negra de Baghera e seus olhos brilhantes ou o simples lilás de uma flor à beira do rio.

Uma das cenas com maior destaque é quando Mogli encontra o Rei Louie, em que o jogo de sombras e luzes cria uma atmosfera meio lúgubre em contraposição à ingenuidade bondosa de Mogli.

4 - DUBLAGEM (1,8/2,0)


Descrição: Da esquerda para direita os atores Alinne Moraes, Dan Stulbach, Marcos Palmeira, Julia Lemmertz, Tiago Abravanel e Thiago Lacerda. Fonte: cinemacomrapadura.com.br

Antes de começar é importante mencionar que o filme foi visto com dublagem nacional. Em sua grande maioria as vozes desta adaptação live action cumprem muito bem o seu papel: passar emoção aos personagens não somente pelos seus gestos e atitudes, mas também pela fala.

As intepretações de Alinne Moraes e Dan Stulbach apesar de não estarem à altura de seus personagens não comprometem o filme, mas também não passam a intenção real das falas.

Marcos Palmeira dá consistência às falas de Balu de forma bastante graciosa, apesar de não ter a mesma faixa etária que o dublador original (Bill Murray).

Já Tiago Abravanel utiliza da música, sua amiga fiel, para interpretar o Rei Louie com bastante qualidade.

Vale destacar a belíssima dublagem de Julia Lemmertz como a mãe-loba de Mogli, Raksha, que passa a emoção necessária à personagem criando o vínculo maternal entre ela e o Menino Lobo.

No entanto, a interpretação de Thiago Lacerda como Shere Khan não convence. O ator utiliza de recursos vocais para dar força ao personagem sem obter êxito. Comparando com o dublador original (Idris Elba) a sua voz é muito menos potente e não impõe o temor necessário para interpretar o animal mais temido da selva.

5 - EFEITOS ESPECIAIS (1,9/2,0)


Descrição: o ator Neel Sethi (Mogli) e o diretor Jon Favreau. Fonte: b9.com.br

Assim como qualquer filme live action da Disney há a presença de CGI e na sua grande maioria são de extrema qualidade. No entanto, em alguns momentos como a pelagem do Balu deixa um pouco a desejar. Ao tentar dar uma aparência mais experiente ao personagem ficou a impressão de que os efeitos estavam um pouco desleixados.

Apesar deste detalhe os efeitos visuais deste filme são magníficos e se conectam à trama e ao roteiro de forma magistral. Esses "errinhos" de CGI é mais um preciosismo deste que vos fala do que defeitos propriamente ditos rsrs.

Nota Final: 9,7

Muito obrigado pela leitura! Não se esqueçam de  nos seguir nas redes sociais, compartilhar com os amigos e darem a sua opinião sobre o filme nos comentários.

Até a próxima, pessoal!!!

- Luiz.

1 comentários:

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Unknown delete maio 03, 2016 1:54 AM

Eu sofro de um problema sério lendo as reviews de filmes aqui... Sinto vontade imediata de correr para o cinema mais perto!!! Infelizmente ainda não vi Mogli, mas sua crítica me deu a certeza de que quero vê-lo legendado! Respeito o casting brasileiro, mas amei o original americano. E tenho que dizer... Não dá para comparar o Idris Elba com muita gente por aí não... kkkkkk

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