Resenha Crítica #9: "A Promessa da Rosa" ficou só na promessa mesmo...

Olá, críticos e críticas!

I'M BACK IN THE GAME!!!

Depois de um hiatus chatinho, por motivo de razões, estou de volta!

Tem um tempo que eu planejo escrever essa crítica, mas nunca sabia como abordar o assunto, já que o meu ponto de vista não é muito feliz. Mas vamos lá. Hoje vou falar sobre o que eu achei do livro nacional A Promessa da Rosa, da autora Babi A. Sette (Editora Novo Século).

Quando comecei a leitura minha expectativa era altíssima. AMO romances históricos! Desde de sempre. E não vou mentir, essa capa é muito linda. Mas a decepção foi grande...

Gente, simplesmente evitem o estresse e a perda de tempo... A leitura desse livro é sofrível!!! Não sei nem por onde começar! Primeiro, tenho que dizer que sim, eu o li por inteiro. Mas só porque estava lendo com um grupo de amigas e todas nos esforçamos muito para acabar a história - à base de sangue, suor e lágrimas - e tentar entender porque tantas críticas positivas.

Vale dizer que dá para ver o esforço da autora. Ela tentou entregar um romance histórico no nível de uma Judith McNaught ou de uma Julia Quinn, mas falhou por mil e um motivos, um deles sendo que em vááááários momentos era evidente a influência dessas autoras, pontos na história muito similares aos seus livros.

Partindo disso, tenho que dizer que o livro não foi editado. Simples assim. Não houve um beta reader (aquela alma amiga caridosa que lê o livro enquanto o autor está escrevendo ou logo que acaba e vai fazendo uma revisão inicial, dando dicas e ajudando a moldar a história), um agente literário, inicialmente, que revisasse o livro com a autora antes que ela entregasse para avaliação das editoras. E depois, na própria editora em que foi publicada, NÃO HOUVE CUIDADO ALGUM EM EDITAR O TEXTO DESSA POBRE!!!

N - E - N - H - U - M - A  --  E - D - I - Ç - Ã - O ! ! !

Chove erro gramatical, de coesão e de coerência no livro inteiro! A minha edição é em ebook e tem dezenas, quiçá centenas, de marcações minhas! E isso porque no início da leitura eu não destaquei os erros, só o fiz mais para o meio/final, quando já tinha perdido a paciência. Por exemplo, eu não sei se há um nome para essa técnica que ela usa (se existe, eu desconheço), que é dar emoção a um ambiente. Como assim, você pergunta? Tem uma cena que o restaurante ficou "gargalhado"... Em outra: "Até a luz obscura da manhã foi pistolada." O QUE RAIOS SIGNIFICA ISSO?!?!?!?! Deram um tiro, uma coronhada, no Sol??? O.o'

Sobre a história em si... Ao invés de livro, acho que a autora deveria ter roteirizado tudo e enviado para o SBT! Facilmente "A Promessa da Rosa" ultrapassa qualquer novela mexicana em matéria de dramalhão, cenas desnecessárias, personagens nada carismáticos e com quem não dá para se identificar nem uma grama sequer.

A protagonista é insuportavelmente lesada e egoísta! O tempo inteiro ela se diz preocupada com a reputação e o futuro da irmã, mas em NENHUM MOMENTO age de acordo com isso e sempre faz o que quer, quando quer, onde quer, sem pensar nas consequências. Por conta de suas infantilidades, ela come o pão que o diabo jogou no chão, cuspiu, esfregou os cascos em cima, chutou para uma sarjeta e jogou ácido em cima. Só isso. OK, depois de sofrer mais do que a Maria do Bairro, a Maria Mercedes, a Mari Mar e a Paulina de a Usurpadora juntas, ela até consegue se reerguer, mas no fim ela deveria ter se vingado do maldito duque arrogante e sido feliz com um cara aleatório ou virado lésbica ou ter ficado sozinha com 25 gatos!!!! Qualquer coisa teria sido melhor do que o que aconteceu. Eu queria jogar meu Kobo longe quando terminei de ler, sendo sincera.

Sobre o protagonista masculino, Arthur... Argh!! Acho que nunca li tanto a palavra "duque" na minha vida! Eu revirava os olhos a cada 15 vezes que lia o título nobiliárquico ser dito "em vão"! Arthur Harold, o Duque de Belmont (socorro com esses nomes...) é um homem abusivo, arrogante, autocentrado, insuportável de se conviver - não sei como ele mantinha qualquer amizade! Ele não escuta ninguém e só vê e entende aquilo que ele quer ver e entender! Só faz o que quer e não faz questão de ouvir a opinião ou a versão de outras pessoas, o que acaba com a vida de diversos personagens. Tem gente virando mendigo por causa dele? Tem. Ficando doente até a morte? Tem. Casando com homem sem escrúpulos? Check!

Arthur chega ao ponto de ser um maníaco, de tão possessivo, ciumento e incompreensível que é! Se a autora queria fazer com que ele transparecesse ser um sujeito mega apaixonado e cego de amor, falhou miseravelmente. Ele é um homem que não aprende com os erros (até depois que tudo é esclarecido), que não sabe perdoar (mesmo que a pessoa nem precise de perdão, só ser ouvida). E vou dizer, torci o livro inteiro para que ele padecesse na "solteirice" e, se possível, fosse castrado bem dolorosamente e amargurasse de arrependimento até morrer, só para pagar pelo tanto de babaquice que cometeu no desenrolar da história. Mas, obviamente, não é isso o que acontece. #PandaDecepcionada

Eu, sinceramente, me senti menos mal por ter lido "A Promessa da Rosa" em ebook e nenhuma árvore ter sido sacrificada em nome dessa leitura... Na minha opinião, (que pelo que vi na internet é uma exceção... Espero mesmo que as críticas eu li sejam de pessoas que não leem muito. Ou não leem nada...) a autora tinha todo o potencial do mundo para fazer um livro bem legal, mas a falta de revisão e edição não ajudaram em nada a vida desse livro. Bastava um beta reader honesto e focado no que estava fazendo, um revisor e um editor decentes, que ao menos tivessem folheado o livro!!! Juro que quando soube que este livro era um romance histórico corri para ler a sinopse, esperando ver algo ambientado no Brasil, quem sabe no período regencial! Algo realmente nacional e de qualidade! Mas fiquei na vontade... Vou continuar com a Veridiana Maenaka e esperar que não tenhamos só ela para salvar os históricos nacionais do ostracismo.

Bem, infelizmente, depois de ler a Promessa, perdi qualquer interesse em ler outros materiais da autora. Espero mudar de ideia no futuro...

Me despeço aqui, pessoal! Um abraço a todos e até a próxima!!!
Amanda Indio.