Olá Críticos e Críticas!
Hoje iremos tratar desse quadrinho maravilhoso escrito por Frederik Peeters.
Descrição: capa do quadrinho Pílulas Azuis. Fonte: acervo pessoal.
Hoje iremos tratar desse quadrinho maravilhoso escrito por Frederik Peeters.
A narrativa se passa em Genebra e gira em torno da própria vida de Peeters e a forma como ele conheceu Cati na sua adolescência. Esse quadrinho é emblemático porque mostra a convivência com uma pessoa soropositiva. Mas ao que muitos possam pensar esta é uma história de amor, não de sofrimento.
Uma abordagem muito interessante por sinal, pois muitos poderiam pensar que a pegada principal fosse ser o lado ruim da doença, quando na verdade o objetivo do autor é desconstruir os preconceitos acerca do HIV e mostrar que a convivência e relação tanto física quanto amorosa com portadores deve ser encarada com normalidade.
Uma abordagem muito interessante por sinal, pois muitos poderiam pensar que a pegada principal fosse ser o lado ruim da doença, quando na verdade o objetivo do autor é desconstruir os preconceitos acerca do HIV e mostrar que a convivência e relação tanto física quanto amorosa com portadores deve ser encarada com normalidade.
Descrição: contracapa. Fonte: acervo pessoal.
Desde a descoberta de que Cati e seu filho são soropositivos, a graphic novel mostra de forma brilhante e simples a visão de quem é portador da doença e de quem é companheiro dessas pessoas. Este é o grande trunfo da obra, pois ele não se prende a apenas um dos lados do prisma.
Primeiramente, ele aborda a questão de como ele conhece Cati, até por uma questão de lógica. Após estabelecido o elo entro os protagonistas, o autor introduz um membro importante da relação deles: o filho de Cati. Ele começa a descobrir, desta forma, outras maneiras de se lidar com distintos indivíduos portadores do HIV e vai percebendo que muito dos grandes mitos a respeito da mesma são um misto de ignorância e preconceito. Por se tratar de uma autobiografia o roteiro é a realidade do autor e mostra todas as dúvidas e incertezas que uma pessoa teria diante do mesmo caso.
Um dos pontos altos da trama é o surgimento do Doutor R. que apesar de ser um coadjuvante é peça fundamental e dá uma lição de humanidade a classe médica que por muitas vezes é criticada por apenas seguir procedimentos e códigos sem olhar pro lado pessoal de seu paciente.
Um dos pontos altos da trama é o surgimento do Doutor R. que apesar de ser um coadjuvante é peça fundamental e dá uma lição de humanidade a classe médica que por muitas vezes é criticada por apenas seguir procedimentos e códigos sem olhar pro lado pessoal de seu paciente.
Descrição: exemplo de metáfora na narrativa gráfica. Fonte: acervo pessoal.
A narrativa gráfica do quadrinho é bem fluída e se utiliza de metáforas a todo instante, afim de evitar que a temática fique pesada por se tratar de um teor tão sério. Todos os componentes gráficos interagem de forma perfeita e junto com os diálogos levam para o leitor a mensagem de forma clara. O autor acertou na simplicidade da linguagem utilizada e desta forma, consegue ampliar o alcance da faixa etária dos leitores.
A tradução foi feita pelo Fernando Scheibe e algumas coisas me incomodaram um pouco como o excesso de regionalismos nacionais nos diálogos. Vale lembrar que este é um quadrinho europeu e utilizar desta linguagem pode acabar por descaracterizar o texto real. Mas no fim das contas não chega a comprometer. Eu é que sou chato mesmo rsrs.
Descrição: um pouco da arte de Peeters. Fonte: acervo pessoal.
A arte desta hq é bastante descontraída e por algumas vezes cartunesca. Mais uma vez o autor se utilizando de um desenho mais rudimentar, informal, para suavizar a temática principal. Contudo, os traços são firmes e o sombreado dá um toque marcante e necessário as cenas, ainda mais por ser uma arte em preto e branco.
No mais, a graphic novel encanta como um todo e não à toa recebeu prêmios no Festival de Quadrinhos de Angoulême, um dos principais do mundo. A história te faz rir, chorar, se preocupar realmente com os personagens e certamente mudou a minha perspectiva sobre alguns pontos acerca do tema que eu desconhecia. Na minha opinião é recomendado a partir de 12 anos por ter uma temática bastante sexual. E até por que quanto antes desconstruirmos preconceitos melhor.
Joinha especial para o post scriptum (veja, não vai se arrepender!).
NOTA FINAL: DEZ COM LOUVOR!
Espero que tenham gostado desta resenha e não deixem de nos acompanhar nas nossas redes sociais e no nosso canal do YT.
Até a próxima!
- Luiz.
No mais, a graphic novel encanta como um todo e não à toa recebeu prêmios no Festival de Quadrinhos de Angoulême, um dos principais do mundo. A história te faz rir, chorar, se preocupar realmente com os personagens e certamente mudou a minha perspectiva sobre alguns pontos acerca do tema que eu desconhecia. Na minha opinião é recomendado a partir de 12 anos por ter uma temática bastante sexual. E até por que quanto antes desconstruirmos preconceitos melhor.
Joinha especial para o post scriptum (veja, não vai se arrepender!).
NOTA FINAL: DEZ COM LOUVOR!
Espero que tenham gostado desta resenha e não deixem de nos acompanhar nas nossas redes sociais e no nosso canal do YT.
Até a próxima!
- Luiz.
1 comentários:
Pronto! Mais uma HQ na lista de "preciso ler com urgência!", hehehe. Adorei a arte e, pela sinopse, acredito que material com esse conteúdo seja bem escasso no mercado (literário, quadrinista, cinematográfico...) Com certeza lerei!!!
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