terça-feira, 25 de outubro de 2016

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Olá, críticas e críticos!
Ainda em tempo (o filme ainda não saiu de cartaz, então tá valendo, rsrs), trago minha review sobre o filme O Lar das Crianças Peculiares, baseado no livro de Ramsom Riggs “O Orfanato da Srta Peregrine para Crianças Peculiares”.

poster do filme "O Lar das Crianças Peculiares" (fonte: http://www.adorocinema.com)

Vamos começar pelo início. Ramsom Riggs, autor da trilogia O Orfanato da Srta Peregrine, coleciona fotos no estilo vernacular e foi até a Editora Quik Books com o objetivo de publicar essas fotos em um livro, no entanto, o editor sugeriu que ele escrevesse uma narrativa baseada nas fotografias e daí surgiu o primeiro volume. Todas as fotos encontradas no livro são da coleção pessoal do autor.

duas fotos do acervo de Ramsom Riggs encontradas no primeiro livro (fonte: acervo pessoal)

Antes de comentar sobre o filme, tenho que dizer que ainda não terminei de ler o livro! Só li o iniciozinho e não consegui me segurar, tive que assistir logo o filme. Nele vamos acompanhar a história de Jacob Portman, um garoto americano de ascendência polonesa muito apegado ao seu avô, que desde muito pequeno lhe contava histórias fantásticas de sua juventude, contos de monstros e lugares incríveis e pessoas com poderes singulares, que precisam se proteger do resto do mundo. Fiquei super empolgada com esse clima meio “Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas”, que tanto o livro quanto o filme apresentam. Com a morte de seu avô, Jacob fica muito abalado e parte com o pai para Gales, em busca de desvendar os mistérios contados por seu avô e ver com os próprios olhos se as histórias tem algum fundo de verdade. A partir daí a toda a trama se desenvolve, na qual o garoto encontra o orfanato da Srta Peregrine e seus habitantes e... Vamos evitar spoilers! Rsrs
A direção do filme ficou a cargo de Tim Burton e você pensaria que esse seria o casamento perfeito, uma fantasia infanto-juvenil bem obscura e fora do normal, mas encontramos muito pouco de Tim na produção. Sim, o visual gótico e escuro está lá, mas se ninguém falasse quem era o diretor, eu nunca adivinharia que era Burton. O momento mais característico do diretor foi a cena de stop motion com os dois monstros de Frankenstein feitos de bonecos e olhe lá!
Sobre o filme, no geral, eu gostei. São duas horas válidas de bom entretenimento. A história é interessante; a fotografia não é magnífica, mas está bonita; os cenários são lindos (um dia ainda vou visitar as ilhotas do Reino Unido!), mas são os personagens que merecem mais comentário.
Não há muito desenvolvimento de personagem durante a película e eu fiquei decepcionada com algumas atuações. Asa Butterfield não convence, mantendo a mesma expressão e o mesmo ânimo do início ao fim, e Eva Green parece feita de borracha, não está natural. Meio alienada, talvez? Ou afetada? Assustadora? Maluca?! Não sei definir bem a sensação que ela transmite. Senti com ela o mesmo que senti com Anne Hathaway, em Alice no País das Maravilhas e Johnny Depp, em a Fantástica Fábrica de Chocolates: que ela era falsa, intocável, separada da unicidade do resto do grupo. Se o objetivo do diretor era deixar ela bizarra, ele conseguiu, mas foi com a mesma receita que ele usa sempre. A dublagem dela não ajudou muito, apesar de, no geral, eu ter gostado bastante do trabalho dos dubladores, a voz da Srta Peregrine me irritava, agravando o efeito Rainha Branca/Willy Wonka.

Jacob Portman e Miss Peregrine (fonte: http://www.comingsoon.net)

Por outro lado, gostei bastante da atuação da Ella Purnell, que faz a personagem Emma Bloom (da água e não do fogo, não entendi por que a mudança da peculiaridade dela no filme), ela parece uma fadinha delicada, mas quando precisou entrar na briga, foi lá e fez! Mas quem merece destaque mesmo é a Maísa Schwarzenegger! Kkkkk A personagem com a peculiaridade da força era uma fofinha e a mais expressiva, amigável e divertida do filme, minha favorita!

Emma Bloom e Bronwyn Bruntley (fonte: http://www.comingsoon.net)

Judi Dench faz uma pontinha sem muito alarde, acredito que ela deva voltar nos próximos filmes com uma participação mais significativa. Quanto ao vilão interpretado por Samuel L. Jackson, parecia um vilão bobão de algum seriado de TV para crianças entre 8 e 10 anos, que passa à tarde na TV Cultura! Apesar da maquiagem bem feita (se a gente superar o cabelo ridículo), o ator estava bem overacting, como de costume. Como não li o livro, não posso dizer se o personagem do filme estava fielmente caracterizado, mas eu achei bem mediano.

Mr. Barron e Miss Avocet  (fonte: http://www.comingsoon.net)

Para finalizar, alguns pontos ainda merecem comentário. As criaturas do mal que aparecem, chamados etéreos, estavam ótimos! Adorei a estética deles, as roupas e a maquiagem, tudo! Algumas coisas foram meio incongruentes, como poder quebrar uma parede, mas ser barrado por uma porta, mas dá para superar. O que de jeito nenhum dava para superar foi aquela cena de luta final. Pelas barbas de tentáculo de Davi Jones!!! Foi ridículo e mal amanhado. Os efeitos, a música, a coreografia, a tentativa de fazer uma cena de ação e de humor pastelão. Socorro!!! Mas ainda bem que essa infelicidade foi apenas em uma cena - que era importante na trama, OK, mas dá para sobreviver.
Fico por aqui e prometo continuar por aqui!!! Nada mais de desaparecimentos!


Deixem nos comentários o que acharam do filme! Muito diferente do livro? Vão comprar o DVD ou Blu-ray só para fazer uma fogueira depois? hahaha

Um abraço para todos!
Amanda Indio do Brasil.

Este post tem 2 comentários

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Luiz Fernando delete outubro 28, 2016 4:38 PM

Tive a mesma sensação que você na maioria das coisas. Mudar a peculiaridade da protagonista foi uma cagada das grossas do encarregado pelo roteiro, mas se você esquecer completamente do livro dá para se divertir. Nota: 7,5! rsrs

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Unknown delete outubro 29, 2016 12:49 PM

Exatamente! Se não tivesse ligação com livro nenhum, o filme seria muito melhor!

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