quinta-feira, 25 de agosto de 2016

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Boa tarde Críticos e Críticas!!

Descrição: Poster do filme Esquadrão Suicida. Fonte: adorocinema.com

Primeiramente, Fora Temer gostaria de pedir desculpas pela ausência de matérias no blog, mas eu estava de férias e aproveitei pra relaxar um pouco. 

Vamos falar sobre o tão aguardado e cheio de hype Esquadrão Suicida da DC/Warner. Como não tenho muita experiência com os quadrinhos do título vou me ater somente ao filme e lembrando que eu não sou crítico profissional, apenas fazemos isso para nos divertir e para informar nossos fãs. Nem preciso dizer que quem der uma de hater por aqui vai ser bloqueado né? Bora lá!

Como todos sabem aqui dividimos a resenha em 5 categorias cada uma valendo dois pontos, distribuídas dessa forma:

1 - Roteiro (2,0)
2 - Direção (2,0)
3 - Fotografia (2,0)
4 - Personagens (2,0)
5 - Efeitos especiais e Audio-visuais (2,0)


1 - Roteiro (1,0/2,0)



Descrição: O escritor e diretor David Ayer. Fonte: gancarteel.com


O roteiro ficou a cargo do David Ayer, diretor de Dia de Treinamento, Velozes e Furiosos, entre outros. O espectador se anima quando vê um nome desse calibre escalado para um filme. No entanto, o roteiro é bastante confuso e por vezes bobo, remetendo àquelas comédias pastelão clássicas da Sessão da Tarde (por isso o título).

Os personagens não têm profundidade e suas origens são jogadas na cara do espectador sem a menor pretensão de explicar realmente e sim, como se tivesse uma obrigação de mostrar de onde vieram. Beira o desleixo. Se era pra explicar dessa forma a origem das personagens, entendo que era melhor nem mostrar. Apenas começava o filme e segue o barco. 

A trama por várias vezes deixa muitas pontas soltas e o filme está bem mal editado. Espero sinceramente que não venham depois criar uma versão estendida apenas pra explicar situações que deveriam ter sido explicadas no filme original, como fizeram em Batman vs Superman. Aliás, a DC está se especializando em fazer este tipo de coisa. Já leu nossa resenha sobre BvS? Clica aqui.

2 - Direção (1,5/2,0)


Novamente essa responsabilidade ficou a cargo do competente David Ayer, no entanto, houveram problemas. Devido as críticas feitas à Batman vs Superman e o universo da DC no cinema, David Ayer que já estava com o filme pronto teve que refazer algumas partes do roteiro e algumas cenas com os atores a fim de tornar o filme mais atrativo. Percebe-se claramente a diferença entre o primeiro trailer e os demais. O primeiro com uma pegada mais sombria, a marca registrada da DC e os demais um pouco mais colorido, com muitas cenas de ação e alívios cômicos. Observem.

Descrição: Trailer 1

Descrição: Trailer 2

Descrição: Trailer 3


Sendo assim, nota-se claramente que o diretor teve que refazer cenas que já estavam gravadas, tendo em vista as críticas a BvS, o que acabou por comprometer a trama original e deixou o filme com uma aura confusa e com motivações fracas. Nada ficou definitivamente bem explicado. Talvez até tenha sido essa a intenção para se criar a sequência da franquia, mas para isso bastava um cliffhanger. Nesse ponto, tanto em roteiro quanto em direção David Ayer não tem culpa pelo acontecido, tendo em vista que foi um pedido feito pela DC/Warner. Que tremenda bola fora, DC.

3 - Fotografia (1,7/2,0)


Descrição: Arlequina empunhando seu taco.

Como dito acima, o filme sofreu mudanças após o lançamento de BvS e isso influenciou diretamente também na fotografia do filme. Antes do lançamento, o filme tinha aquela pegada dark que é bem a cara da DC. Após o lançamento, o filme ganhou mais cores, dando ênfase ao verde e o rosa em neon. 

No fim das contas, a fotografia tanto antes quanto depois não empolga como em The Revenant, por exemplo, a ponto de querer ver o filme só pela sua fotografia, mas também não compromete a ponto de detestar. 

4 - Personagens (1,3/2,0)


Descrição: Foto dos integrantes do Esquadrão Suicida. Fonte: overtice.com.br

Agora chega a parte mais complicada: falar das personagens. Uma coisa que me agradou é que eles trabalharam melhor em equipe do que Batman, Superman e Mulher Maravilha, por exemplo.

  • Arlequina: Margot Robbie soube captar bem a essência da personagem. A Arlequina é isso: louca, frágil, apaixonada pelo Coringa e não mede as consequências. Representou bem o papel e trouxe leveza e graça ao filme. Fiquei particularmente feliz em ver que as cenas de exposição de partes do seu corpo ficaram só nos trailers e no filme não trouxe nenhuma cena extra.
  • Pistoleiro: Will Smith no melhor estilo Bad Boy. Atira pra tudo que é lado, cenas de ação pra dar e vender, mas sabe dar tom de drama quando assunto é a sua filha. Junto com Margot Robbie, Smith carrega o elenco nas costas e faz o filme ficar até mais atrativo. Poucas vezes ele está com a máscara, mas tem que se entender que o ator tem contrato de imagem e se ele usasse a máscara toda hora não daria pra reconhecer o ator. Isso é irrelevante pra trama.
  • Magia (Enchantress): coloquei o nome em inglês também por que essa tradução está péssima haha. Como um ser sobrenatural, Cara Delevingne cumpre bem o seu papel (tirando aquela dancinha de Feiticeira do programa do Luciano Huck). Mas como June Moone, meu Deus do céu, que desastre. Eu poderia dar nota um nessa categoria apenas pela atuação dela, mas tem outros aspectos positivos nas outras personagens. Ela não tem nenhuma profundidade, a história de origem dela é jogada na nossa cara e nem conseguimos digerir quem ela é e lá vem a Enchantress parecendo que saiu do lixão de Gramacho. Sofrível.
  • Amanda Waller: muito se falou da atuação da Viola Davis no filme, mas eu, particularmente, não vi nada demais. Até porque é um papel sem grandes plots e coisas do tipo. Mas ela sabe cumprir o seu papel como ninguém e deixa a personagem mais interessante até mesmo do que foi escrita.
  • Rick Flag: de líder do Esquadrão Suicida a sidekick do Pistoleiro. Foi exatamente isso que fizeram com a personagem. No começo, você acredita que por ele ser o braço direito de Waller, lideraria a força-tarefa, mas acaba virando escudeiro do Pistoleiro, o que é uma pena. Joel Kinnaman interpreta a personagem de regular para bom e não compromete, mas mais uma vez é prejudicado pelo roteiro.
  • Katana: Desprezível. Essa é a melhor palavra para definir a participação da Katana no filme. Personagem raso, que você não faz idéia de porque está ali e do nada começa a falar em japonês com a espada e choramingando. Talvez se a atuação de Karen Fukuhara fosse mais contundente poderia se aproveitar mais da personagem, mas particularmente eu duvido. Mais um pra lista que empolgou no trailer e decepcionou no filme.
  • Killer Croc e El Diablo: ambos com pouco tempo de tela e  coadjuvantes, apesar de eu ter gostado mais do Croc. El Diablo bem estereotipado e forçadíssimo. O que foi aquela frase: "Eu já perdi uma família, não vou perder outra"? Você conhece os caras há umas três horas! Seu conceito de família deve ser bem raso, queridão.
  • Capitão Bumerangue: Alívio cômico, nada mais a dizer.
  • Coringa: A expectativa estava grande pra saber como Jared Leto iria interpretar o insano palhaço, mas apesar de pouquíssímo tempo de tela (o próprio Leto reclamou que várias de suas cenas foram cortadas na edição final) ele cumpre bem o papel que lhe é passado no roteiro. Se a história e a forma de ser do Coringa estão erradas são outros quinhentos. Temos que entender que uma coisa é a atuação e outra é a margem que se dá para o ator interpretar uma personagem. David Ayer deu muito pouca liberdade a Leto nesse sentido, o que acarretou em um Coringa estereotipado e bem estranho com tatuagens, cordões e etc. Não agradou. 
Uma coisa que me deixou bastante irritado foi a romantização do relacionamento abusivo entre Coringa e Arlequina. O cidadão dá choques na cabeça da Arlequina e a manipula mentalmente e David Ayer consegueiu achar um viés romântico nisso? Será que ele entendeu que ela ficou louca por culpa do Coringa? A pior parte do filme, definitivamente.

5 - Efeitos Especiais e Audio-visuais (1,7/2,0)

Se você viu todos os trailers com aquelas cenas de ação, tiros, helicópteros e etc saiba que já viu quase todos os efeitos especiais do filme rs. É sério, o filme não te mostra muita novidade e a enxurrada de trailer acabou por mostrar o filme praticamente todo. 

Ponto positivo para a trilha sonora, no entanto, ela ficou totalmente desconexa. Cada personagem com uma música, parecia que era um videoclipe e não um filme. A trilha deve complementar a cena e não ser a parte mais importante da cena. Por vezes, a música estava mais alta até mesmo do que as falas das personagens. 

NOTA FINAL: 7,2

O filme tem diversas falhas, no entanto, se você for de mente aberta e sem esperar muito dele dá pra se divertir o assistindo.

E aí o que achou da nossa crítica? Peguei pesado demais ou estou certo? Não deixa de comentar e nos seguir nas redes sociais.

Até a próxima!

- Luiz.

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